Por G1 RS


Leonardo teve a morte confirmada pela universidade e pelo Itamaray nesta segunda-feira (15) — Foto: Gustavo Diehl/UFRGS

O estudante gaúcho Leonardo Cláudio da Rosa, de 23 anos, foi encontrado morto na cidade de Chongqing, na China, segundo confirmaram nesta segunda-feira (15) a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Itamaraty.

Ainda não há informações sobre a causa da morte.

Natural de Caxias do Sul, ele era acadêmico do curso de Letras desde 2015. Iniciou um intercâmbio em Pequim no segundo semestre do ano passado e retornaria no meio deste ano.

Leonardo estudava língua e literatura chinesas dentro de um programa gerenciado pelo Instituto Confúcio na UFRGS, com bolsa oferecida pela Communication University of China (CUC) e pela Hanban, fundação vinculada ao Ministério da Educação da China.

"A UFRGS acompanha e aguarda as recomendações do Ministério de Relações Exteriores do Brasil e da Embaixada na China. Os órgãos estão acompanhando a investigação policial que está em andamento para apurar as circunstâncias do falecimento, bem como tratando sobre o traslado do corpo para o Brasil", diz a nota.

A universidade salienta que presta solidariedade à família e busca apoiar os demais alunos intercambistas.

O Itamaraty informou que foi avisado da morte pela Embaixada Brasileira da China. Disse que está em contato com autoridades policiais do país e ainda não tem detalhes do caso. O órgão acrescentou que mantém contato também com os familiares da vítima.

"Desde que acionada, a Embaixada está em contato constante com as autoridades policiais locais para obter informações adicionais quanto às circunstâncias do ocorrido. O Itamaraty também está em contato com os familiares do Sr. da Rosa, com vistas a orientá-los quanto aos trâmites burocráticos para o traslado do corpo", diz a nota.

A direção do Instituto de Letras da UFRGS publicou uma nota em seu Facebook, em que cita relatos de colegas de Leonardo apontando para a ocorrência de crime. A universidade acompanha a situação junto ao Ministério das Relações Exteriores e à Embaixada Brasileira da China. Confira abaixo.

Em seu perfil no Facebook, Leonardo publicou um texto em julho de 2018 comemorando a bolsa que havia ganhado para estudar na China, e pedindo contribuições para as despesas que teria durante o ano de estadia no país, com os custos que a bolsa não cobriria.

Leonardo publicou texto no Facebook em 2018 pedindo ajuda para se manter na China — Foto: Reprodução/Facebook

Também no perfil da rede social, Leonardo informou, em 2017, que trabalhou no Transenem, um cursinho gratuito que atende pessoas trans em Porto Alegre para oferecer preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros processos seletivos de universidades.

Com o objetivo de integrar estas pessoas ao ensino superior e promover, dessa forma, a inclusão, o Transenem estava em seu segundo ano em 2017. O G1 fez uma reportagem sobre o projeto.

A página do programa UFRGS Portas Abertas, que divulga cursos na universidade, publicou em abril de 2017 um texto no Facebook que falava sobre Leonardo. Na época, o estudante estava no quinto semestre da faculdade de Letras.

"Leonardo sempre quis estudar língua e linguagem de um ponto de vista científico. Sempre achou interessantes estudos dos processos cognitivos, a fonologia, língua estrangeira, língua em sociedade, entre outros", dizia a postagem. Leia abaixo:

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